quinta-feira, 23 de julho de 2015

PIXELS



Dirigido por Chris Columbus, de Esqueceram de Mim 1 e 2, de Harry Potter 1 e 2, de Os Goonies e O Homem Bicentenário, chega agora este Pixels, que depois de Percy Jackson e o Ladrão de Raios, vem comprovar que Columbus definitivamente só funciona quando guiado por um bom roteiro. O que não é exatamente o caso aqui. Entregue a piadas bobas e muitas vezes constrangedoras, Pixels se salva em parte por causa das saudosistas sequências de ação envolvendo os clássicos jogos de arcade


Depois que a NASA envia para o espaço imagens de jogadores de videogame para um possível contato alienígena, extraterrestres de fato recebem a transmissão e a interpretam como um ato de guerra. É quando Brenner (Adam Sandler), Cooper (Kevin James), Eddie (Peter Dinklage) e Ludlow (Josh Gad, detesto), especialistas nesses jogos, tem que enfrentar os desafios propostos pelos aliens, todos baseados em games clássicos como Pacman, Donkey Kong e Galega

E enquanto se baseia nas sequências que trazem os jogos e os efeitos visuais como centro narrativo, Pixels funciona maravilhosamente bem. É empolgante, criativo e bem orquestrado. Mas daí entra a história no meio delas e arruína tudo. Um clichê atrás do outro, despidos de qualquer tratamento para ficarem ao menos plausíveis, chega a ser torturante perceber desde os segundos iniciais quando algo vai acontecer a quem e quando cenas na frente. Pra piorar tem Josh Gad gritando como se gritar por si só fosse algo engraçado. Kevin James sendo Kevin James - ou seja: not funny - e Adam Sandler na sua persona de sempre, que aqui infelizmente não funciona muito bem - sim, gosto de Sandler eventualmente. Nem mesmo Dinklage, que aprecio tanto, tem alguma chance de fugir das piadinhas infames do texto e acaba perdido em meio a confusão colorida. 

É um filme que pedia por uma direção mais ágil ou mais cartunesca, com ângulos mais expressionistas que pedissem que não o levássemos tão a sério. Antes o longa fosse todo só ação, quando realmente tem alguma chance de funcionar. Cabe dizer que ainda são desperdiçados Sean Bean e Brian Cox em personagens terrivelmente esquecíveis, tal como o longa-metragem, do qual, aliás, já não lembro nada. 


NOTA: 4/10   

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