sexta-feira, 27 de junho de 2014

OS MUPPETS 2: PROCURADOS E ARMADOS



Começando precisamente do ponto em que seu antecessor havia terminado, Os Muppets 2: Procurados e Armados não demora e já engata uma canção bem humorada, cínica e de cunho metalinguístico anunciando que o filme a que estamos assistindo trata-se de uma sequência. Basicamente trazendo de volta todas as principais características do humor exercido pelos fantoches criados em 1976 por Jim Henson e Frank Oz.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 2




Um dos problemas que afligem animações produzidas por grandes estúdios é o seu compreensível medo de serem muito sombrias ou pesadas para crianças, muitas vezes sacrificando a densidade e profundidade de suas histórias em piadas bobas e roteiros que buscam simplificar demasiadamente suas tramas, confundindo neste caso os jovens espectadores com seres mentalmente incapazes de compreendê-las. Nesse quesito, após um longa empolgante e carismático, era admirável que Como Treinar o seu Dragão fosse ousado o suficiente para amputar um membro de seu protagonista, transgredindo um mandamento essencial de produções do gênero: jamais alterar permanentemente seus personagens principais, seja em design ou personalidade. Woody pode perder um braço em Toy Story 2, mas eventualmente ele o recupera. Elsa pode ser excessivamente dura em sua decisão de manter a irmã distante em Frozen, mas acaba percebendo seu erro. Soluço não, perde a perna definitivamente, em uma bela e trágica rima visual do que havia causado ao próprio amigo dragão, Banguela. Bonito e justo, não? Uma bela lição a se passar de maneira inteligente para crianças, e que o público mais “vivido” poderia curtir pela maturidade. Pois esta continuação parece perceber a força do que fora feito anteriormente e infelizmente extrapola no uso deste artifício a ponto de deixá-lo banal – amputações se tornaram algo comum entre homens e dragões - ainda que volte a acertar na trama que novamente se mostra divertida e carismática, ousando outra vez no mesmo ponto, só que de outra maneira; agora seus personagens estão mais velhos, e o filme não tenta esconder isso em suas concepções.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A CULPA É DAS ESTRELAS



Primeiramente, eu não li o livro do John Green, e já cansei de falar aqui que filme é filme e obra que o originou é, enfim, obra que o originou. São coisas distintas e DEVEM a princípio – vá saber, a proposta pode mudar eventualmente – serem independentes. Resumindo: não ter lido um livro não faz de ninguém menos apto a avaliar um longa-metragem adaptado do mesmo. Então deixem o “mimimi” aqui neste parágrafo se querem saber a opinião oficial do Classe de Cinema sobre A Culpa das Estrelas. Livres do “mimimi”? Beleza! É bobinho? É. É Meloso às vezes? É. Isso quer dizer que o filme é ruim? Não. Graças a um punhado de intérpretes carismáticos é possível se envolver e se importar com o arco bonitinho e – surpresa! – sóbrio de Hazel e Gus.

terça-feira, 3 de junho de 2014

MALÉVOLA



Há um bom filme aqui em Malévola. A icônica vilã da versão Disney de A Bela Adormecida sempre foi um dos antagonistas mais interessantes concebidos pelo estúdio; não há história contada por trás de suas ações, não há motivo aparente ou explicado para que condenasse à morte uma criança recém-nascida. É este ímpeto genuíno de maldade que faz até hoje da longilínea e córnea algoz um dos mais intrigantes e amedrontadores vilões. Contar sua história era tentador, como em parecido caso, era especular as origens do Space Jockey de Alien – O Oitavo Passageiro. Aqui, porém, não só narrar a origem da personagem é relevante, como também o longa-metragem propõem-se a inverter completamente o ponto de vista daquele clássico de 1959. E analisado de forma crua, a princípio o resultado possui um enredo funcional e interessantíssimo: Uma fada protetora de um reino encantado apaixona-se por um menino humano, por quem é abandonada e mais tarde traída devido a obsessão do então homem de tornar-se rei. Amargurada, a fada torna-se uma feiticeira que se vinga amaldiçoando a filha do antigo amado, só para mais tarde descobrir que tem afeição pela menina. De fato, há um bom filme em Malévola, uma pena que esteja escondido sob os escombros da desastrosa condução do estreante diretor Robert Stromberg.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

NO LIMITE DO AMANHÃ



Eficiente diretor de ação, Doug Liman une seu talento para transformar até mesmo o mais caótico cenário de batalha em um mise en scène compreensível, a uma estrutura narrativa tirada diretamente de Feitiço do Tempo. Trazendo um sempre competente Tom Cruise como protagonista, No Limite do Amanhã, além de um filme divertido, acaba por se revelar também mais um pequeno acerto na carreira do ator depois dos bons Oblivion e Jack Reacher. Não são filmes para o Oscar ou destinados a se tornarem os maiores lançamentos de sua semana, mas tampouco são medíocres ou esquecíveis.