quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A TEORIA DE TUDO



Se muito, A Teoria de Tudo é um filme agradável, feito nas medidas de uma estatueta dourada. A velha e certeira fórmula de uma biografia pouco ousada sobre superação funcionou novamente – pode-se dizer o mesmo sobre O Jogo da Imitação, aliás – angariou cinco indicações ao Oscar e é o favorito a pelo menos uma delas. Não pisa em ovos e sufoca conflitos que poderiam fazer dele um projeto mais denso, apesar de menos adorável para a maioria dos votantes. A exemplo contrário de Foxcatcher, que está em cartaz e indicado ao seu lado nos cinemas e nas premiações, o longa-metragem não entende que ser fiel a fatos reais não implica em ser morno, mesmo que os acontecimentos que retrate sejam amenos. O pior de tudo é: eles não são.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

CAMINHOS DA FLORESTA



Claramente dividido em duas partes distintas, Caminhos da Floresta tem uma primeira metade arrastada e tediosa, enquanto na segunda funciona muito melhor, ainda que, como um todo, o projeto pudesse dispensar ser um musical – o que é algo triste de se apontar em um filme adaptado de uma peça composta pelo sempre ótimo Stephen Sondheim.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

INVENCÍVEL



É sintomático que um filme que conta com a direção de fotografia do mestre Roger Deakins passe despercebido justamente nesse quesito, uma vez que Angelina Jolie volta a apresentar uma direção comedida, algo que não havia atrapalhado a densa experiência que era o seu primeiro longa-metragem, Na Terra do Amor e Ódio. Mas como lá ela também era roteirista, algo que aqui fica a cargo, pasme, dos irmãos Coen, devo apenas presumir que Jolie até agora tem se mostrado uma autora muito melhor do que a cineasta temerária que se pôde ver aqui.