Sem enrolar de mais, o filme já nos apresenta a tal força verde que guia os guardiões do universo, a Tropa, conhecidos individualmente como os lanternas verdes, que usam desta força canalizada através de seus anéis, para criar qualquer coisa que conseguirem imaginar. Também nos apresenta o pior inimigo deles, Parallax, guiado pela força amarela do medo, que se libertou e está atrás de vingança. É quando um destes guardiões é fatalmente ferido pelo grande vilão e vem cair na Terra (Dããããã!). Seu anel então tem que escolher alguém para substituí-lo, e para a grande surpresa da população intergaláctica, num planeta habitado massivamente por humanos, o anel escolhe... Um humano! E o Chooing One da vez é Hal Jordan (Ryan Reynolds), um piloto de aviões de teste irresponsável e metido que agora vai ter que confrontar seus traumas e suas responsabilidades, tendo em vista que Parallax está prestes a ficar poderoso o bastante para dominar o universo. Mas para poder fazer isso, Jordan contará com um treinamento de guardião no planeta Oa, onde Sinestro (Mark Strong) lidera a Tropa. Isso tudo enquanto tenta se sair bem em sua vida pessoal, onde cobiça a bela Carol Ferris (Blake Lively) e é pressionado pelo patrão Carl Ferris (Jay Sanders). Sem contar que, por cima de tudo, ainda tem que lidar com Hector Hammond (Peter Sarsgaard) que contaminado pela força amarela, acaba se tornando um poderoso inimigo.
O filme não perde tempo em mastigar a plot para o espectador, e depois se reserva a martelar na cabeça do mesmo os defeitos e as qualidades do protagonista. Então, depois da centésima vez que ouvimos algum personagem ressaltar o quão Jordan é irresponsável ainda que corajoso, é que alguma coisa realmente começa a acontecer. E a culpa disso pode ser posta no roteiro escrito por mãos de mais, sempre um mau sinal em qualquer tipo de produção, quanto mais em um blockbuster. O que acaba é que temos um script sem inspiração e muito batido, que com certeza contou com a preguiça de seus autores para ser elaborado, pois quase todos os personagens do filme são muito mal desenvolvidos (salvo o de Sarsgaard) e não parecem seguir nenhum objetivo que não seja o da Warner de encher os bolsos com a grana extra do 3D.
Não vale dar crédito algum aos personagens de Tim Robins e de Angela Bassett, que entram e saem da trama sem terem feito mais que colocar seus nomes junto aos outros do elenco. Assim resta a Mark Strong e Peter Sarsgaard salvarem o dia, sem usar anel algum, só a força sei-lá-que-cor do talento mesmo. A escolha de Strong para o papel do Lanterna Sinestro, em si já é um Spoiler pra quem conhece a carreira do ator, mas enfim, o que vale é que sua performance está cativante. Seja na voz ou no discurso característico, ou nos movimentos dotados de extrema postura, Strong deixa seu personagem fluir novamente através de sua atuação, que de maneira nenhuma é atrapalhada pela bela maquiagem que cobre seu rosto. Uma pena é constatar que Sinestro seja tão mal usado em cena, onde o personagem fica restringido a falar ou para uma multidão de Lanternas ou para os sábios que governam Oa. Assim, o único que se salva em todo o filme é Sarsgaard que ganha não só o melhor personagem, mas o destaque do elenco também, já que o ator consegue colocar em Hector o ar sombrio que o vilão precisava. Sua performance primeiramente investe na postura torta, no andar tímido, nos olhares estreitos e na fala soturna, só para mais tarde então, investir nas poses e na voz carregada de rancor. O personagem infelizmente ganha um desfecho inapropriado gerando até mesmo um anticlímax, desperdiçando o que poderia ter sido um ótimo vilão.
James Newton Howard com absoluta certeza esqueceu de compor a trilha do filme, pois ao final da projeção, o público não consegue resgatar um acorde que seja na memória. E pra completar os efeitos visuais são extremamente irregulares. Quando no planeta Oa ou em alguma outra parte do universo onde o filme esteja se passando, até que eles se adaptam, mas só porque estão interagindo com outros efeitos. Já quando eles tem que estar lado a lado com objetos de cena ou dentro de cenários, soam alarmantemente falsos para uma produção desta escala, com exceção da roupa de Jordan que realmente é bem feita e convence. Mesmo os objetos gerados pelo anel do herói, ainda que verossímeis, são mal utilizados em quase todo o filme (o roteiro ataca outra vez!).
Assim sendo. Mal escrito, quase que totalmente mal interpretado por seu elenco, tecnicamente irregular, e ainda possuindo uma montagem sem ritmo algum que não consegue nem transpor de forma convincente uma simples elipse na trama, Lanterna Verde acaba como mais um caça níqueis dar pior espécie, não ficando muito na frente de Transformers 3, por exemplo.P.S. Há uma cena durante os créditos "surpreendente".
NOTA 3/10
Nossa!
ResponderExcluirParece que fui o único que gostei bastante do filme.
Só achei que o roteiro teve alguns clichês (triângulo amoroso entre herói, vilão e mocinha é dose).
De resto, gostei das atuações (até de Blake Lively) e das cenas de ação.
E eu não estava doente quando vi o filme. hehehe
http://brazilianmovieguy.blogspot.com/2011/08/lanterna-verde.html
Abraço,
Thomás
perdi a vonatde de ver o filme.. economizei 15 pila
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