Escrevi para o Papo de Cinema sobre o novo seriado da Netflix, que levanta a questão: estamos assistindo a um debate relevante sobre os tabus da adolescência moderna, ou a um perigo para quem sofre com eles? Minha crítica, aqui.
(Li lá, mas tô comentando aqui) Muito bom ler tua opinião, como sempre. Olhei muito pouco da série, mas me peguei perguntando o que esse tipo de abordagem faria as pessoas pensarem. Acho que um pai que assistisse talvez tivesse os olhos abertos pra várias questões que podem passar despercebidas mesmo tendo um adolescente sob o mesmo teto. Talvez faça algumas pessoas pararem para pensar que dramas de adolescentes nem sempre, ou quase nunca, são apenas dramas apenas para chamar atenção. Muitos pais, e amigos, como o Clay, têm pessoas sofrendo de verdade por perto, mas não enxergam ou não dão bola. Mas também pensei como um adolescente veria a série. Conheço vários adolescentes e me surpreendo cada vez mais como eles pensam e falam sobre suicídio, se cortar e outras formar de auto-destruição. É assustador ver como eles se "inspiram" em coisas que deviam surtir aversão. Espero que os adolescentes que assistirem enxerguem melhor os problemas de seus amigos, e levem mais a sério uns aos outros, mas que não achem "legal" a ideia de se matar e deixar "um recadinho" para os "culpados". Espero que essa série torne o suicídio mais preocupante e sério e menos bonito e interessante pra quem assistir. Assisti As vantagens de ser Invisível e achei muito mais tocante, pois em vários momentos me despertou o sentimento de não deixar o Charlie fazer algo contra si mesmo, dá uma vontade de falar pra ele que ele importa e não deixar ele sofrer. Quanto à Hannah não sei bem quais sentimentos o público sente por ela, ou com ela (vingança, talvez?). Nas redes sociais vi várias pessoas desenhando ou postando fotos do Clay e da Hannah, como se fosse um belo casal. Mas não, ela tá morta, e ele não percebeu a tempo nada que deveria ter percebido. Acho que ainda precisa de tempo pra ver como as pessoas vão realmente assimilar as mensagens da série.
(Li lá, mas tô comentando aqui)
ResponderExcluirMuito bom ler tua opinião, como sempre. Olhei muito pouco da série, mas me peguei perguntando o que esse tipo de abordagem faria as pessoas pensarem. Acho que um pai que assistisse talvez tivesse os olhos abertos pra várias questões que podem passar despercebidas mesmo tendo um adolescente sob o mesmo teto. Talvez faça algumas pessoas pararem para pensar que dramas de adolescentes nem sempre, ou quase nunca, são apenas dramas apenas para chamar atenção. Muitos pais, e amigos, como o Clay, têm pessoas sofrendo de verdade por perto, mas não enxergam ou não dão bola.
Mas também pensei como um adolescente veria a série. Conheço vários adolescentes e me surpreendo cada vez mais como eles pensam e falam sobre suicídio, se cortar e outras formar de auto-destruição. É assustador ver como eles se "inspiram" em coisas que deviam surtir aversão. Espero que os adolescentes que assistirem enxerguem melhor os problemas de seus amigos, e levem mais a sério uns aos outros, mas que não achem "legal" a ideia de se matar e deixar "um recadinho" para os "culpados". Espero que essa série torne o suicídio mais preocupante e sério e menos bonito e interessante pra quem assistir.
Assisti As vantagens de ser Invisível e achei muito mais tocante, pois em vários momentos me despertou o sentimento de não deixar o Charlie fazer algo contra si mesmo, dá uma vontade de falar pra ele que ele importa e não deixar ele sofrer. Quanto à Hannah não sei bem quais sentimentos o público sente por ela, ou com ela (vingança, talvez?).
Nas redes sociais vi várias pessoas desenhando ou postando fotos do Clay e da Hannah, como se fosse um belo casal. Mas não, ela tá morta, e ele não percebeu a tempo nada que deveria ter percebido. Acho que ainda precisa de tempo pra ver como as pessoas vão realmente assimilar as mensagens da série.