terça-feira, 8 de março de 2011

127 HORAS

TRILER 127 HOURS LEGENDADO


     Sim, eu vi este filme já há muito tempo e só posto agora porque estive ocupado nestas duas últimas semanas. Danny Boyle, este diretor que normalmente se sai muito bem em suas produções, foi na minha opinião injustamente premiado por Quem Quer Ser Um Milhionário?. Digo isso, por que naquele ano estava concorrendo David Fincher que já cansei de dizer, merece o Oscar já há algum tempo. E até porque este não era o melhor dos filmes concorrendo como O leitor, isso sem contar os que não estavam concorrendo como o injustiçado Batman o Cavaleiro das Trevas. Aqui ele faz novamente um trabalho competente mas ainda sem mostrar os porquês das indicações de diretor e filme, que felizmente não ganhou.
     


     O filme conta a história real de Aron Ralston que ficou com uma mão presa em uma rocha em uma fenda no meio do deserto durante 127 horas. E se tem alguém que merece os méritos pelo filme, é o cara que o carrega nas costas, já que o filme praticamente se resume a ele e a câmera, e este cara é o ótimo James Franco que infelizmente não se saiu tão bem como apresentador no Oscar do que como se saiu como Aron aqui. Se mostrando um jovem aventureiro e solitário, egocêntrico e inteligente, Franco nos leva até um Aron que se diverte mais sozinho nas suas montanhas do que em meio a seus amigos. Mas isso é antes de o filme começar, e sim ele só realmente começa com uns vinte ou trinta minutos de filme, quando ocorre o acidente, é só ai que surge o título do filme começamos a desesperadora experiência de acompanhar o personagem durante essas 127 horas. Aqui também a postura de Franco muda, adaptando-se ao personagem na sua situação, Franco evoluí de um cara centrado que busca meios de sobreviver até o cara mórbido que aceita a morte como fuga passando então ao lunático que já esta perdido entre a realidade dura e as alucinações que tem de voltar pra casa.



     Com uma montagem de quadros já vista antes na carreira de Boyle, não há muito o que falar do filme que é não muito marcante e nem será muito lembrado, sendo apenas um filme bom, bem conduzido, apenas pecando quando mistura realidade com alucinação, sendo mais bonito quando o filme nos mostra as lembranças de Aron. E com a ajuda da interpretação de franco o diretor nos leva a conhecer Aron mesmo este estando preso em uma rocha, aprofundando seu amor pela bela Rana (Clémence Póesy) e sua relação distante com os pais.
     O grande momento que todos os sanguinários esperam pra ver ao final da projeção na minha opinião chega sem muito impacto, até porque o personagem já estava mais alucinando do que pensando claramente e também porque o braço preso já estava mais morto que vivo, amenizando o ato de amputá-lo.
     Sem ser um filme ruim, mas também sem ser um filme magnífico, este exemplar é mais um filme apenas bom e competente de Danny Boyle que ainda está pra fazer sua obra prima.


NOTA 8/10

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