Você pode correr pros coadjuvantes, pode correr pra direção, pros roteiristas e em último caso, até pro Lautner. Mas o fato é, se você for ao cinema esperando ver neste longa algo mais do que um filme de ação genérico, você vai descobrir no meio da sessão, que está sem saída (como adoro estes trocadilhos!).
Depois de descobrir que é adotado, Nathan (Lautner) vê seus pais adotivos serem mortos, a partir daí começa a fugir, junto com Karen (Lily Collins), de uma equipe da CIA comandada pelo Doutor Octopus, o agente Frank Burton (Alfred Molina) e de um sérvio chamado Kozlow (Michael Nyqvist), que supostamente buscam uma lista de nomes que o garoto teria. Tudo isso enquanto Nathan tenta descobrir as verdades sobre o seu passado, contando com a ajuda da Dra. Bennett (Sigourney Weaver), uma agente disfarçada incumbida de proteger o garoto.
Ok ok, todos já sabem que Lautner só sabe fazer uma expressão certo? Aquele braba, com a carranca fechada. Pois os roteiristas, Shawn Christensen e Jeffrey Nachmanoff (ambos sem carreira relevante), sabiamente (ironia) cuidam para que o personagem interpretado pelo ator não tenha que fazer mais que isso, o que acaba tornando Nathan um estereótipo. Assim, mesmo que Lautner soubesse como atuar direito, ele não poderia ter feito nada, o que é um ponto a ser considerado. É verdade que o ator não é nada versátil, mas também não é ruim o suficiente para não nos convencer de pelo menos uma ou duas das emoções de Nathan. Não que isso seja um marco, mas perto de todo o resto é algo que vale ser ressaltado. A verdade é que, o diretor John Singleton não possuí tato dramático algum, mas pelo menos sabe conduzir uma cena de ação, principalmente no que se trata do quesito espacial, já que nunca nos perdermos em meio a essas sequências. Provavelmente sabendo disso, ele teve a esperteza de enfiar alguns atores competentes em diversos núcleos do roteiro, para que na ausência de um tiroteio ou de um carro capotando, tivéssemos alguma carga dramática trazida por estes.
Assim, Singleton cerca Lautner e a inexpressiva Collins com alguns coadjuvantes que, se enquanto personagens são desinteressantes e até nulos, pelo menos trazem força ao filme através de sua presença. Entre eles estão Jason Isaacs que interpreta Kevin, o pai adotivo de Nathan, Alfred Molina que trás alguma agilidade ao seu agente Frank Burton, sempre com aqueles olhos caídos e assustadores, principalmente quando são ajudados por aquele sorriso enviesado que só o ator sabe fazer. E temos até Sigourney Weaver, sempre andando com postura e mantendo uma expressão fria, mas sabendo ser uma mãe também, conseguindo trazer algum carisma.
A parte técnica não tem destaques, pois, se a montagem faz um bom trabalho no clímax, é apenas uma redenção por, em uma cena de luta, ficar cortando a cada cinco segundos para planos externos do trem onde ela acontece. Como se tivesse medo de que o espectador tenha esquecido onde se passa a cena. Singleton também não sabe ter voz na direção, pois, ao filmar uma multidão em um estádio, o diretor permite que vá para o corte final vários momentos onde pessoas encaram a câmera, o que como já devem saber, é totalmente inaceitável já que isso corta completamente o fio entre a realidade e a experiência de se ver um filme. Ok! Concordo, o fio deste longa em especial era bem fino e frágil, mas mesmo assim isso não justifica tamanho descaso.
Enfim, não é que o longa seja de todo ruim, pois possuí algum ritmo e pode até ser divertido (muito moderadamente), o que não vai impedir as senhoritas "crepusculetes" (termo usado por Pablo Villaça) de invadirem os cinemas e berrar a cada novo pedaço do tórax de Lautner que aparecer em tela. Mas nem isso salva este mais novo e novamente medíocre filme do John Singleton.
Já tem muitos filmes assim... um cara que sai por aê explodindo tudo.. fugindo de tudo e de todos..
ResponderExcluirMAS PRECISAVA BOTAR O "JACOB" PRA FAZER ISSO ?
UAHSUAHSAU acho que não né... nota 3 bem merecida..