O MELHOR DE 2012

     2012 acabou e o mundo não. Assim sendo, o Classe de Cinema escolheu alguns dos melhores e piores longas lançados em grande circuito este ano para que você possa fazer um balanceamento. Confira a lista de melhores do ano abaixo e não esqueça de deixar nos comentários a sua própria impressão do ano do ponto de vista cinematográfico, ou mesmo alguma obra que falte em alguma das listas! Amanhã, lançamos a lista dos piores.

O MELHOR:

Millennium - Os Homens que não Amavam as Mulheres 

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O Artista

Vencedor do Oscar de melhor filme no começo do ano, O Artista, embora possua uma trama simples e de fácil entendimento, busca na homenagem, nostalgia e no saudosismo sua força e carisma. Apresentado na razão de aspecto 4:1, mudo e sem cores, o filme encontra em Jean Dujardin um protagonista cativante e muito expressivo, além de contar com uma trilha memorável de Ludovic Bource.

NOTA: 10/10

Drive

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Pina

Dirigido por Wim Wenders em homenagem a coreógrafa Pina Bausch, o longa caminha por algumas das mais belas, profundas e humanas criações de expressão da falecida artista. Sabendo usar o 3D de maneira exemplar ao deixar uma grande profundidade de campo na maior parte do tempo, Pina também se mostra esteticamente impressionante, graças a disposição dos intérpretes, dos ambientes escolhidos e das cores, sempre fortes e muito vivas (mesmo as mais escuras). A Câmera de Wenders também ajuda na imersão ao se comportar como um observador e nunca como um dos bailarinos, já que diferentemente da maioria dos longas, sua proposta não é tornar o espectador parte dos personagens, e sim fazê-lo subir ao "palco" e assistir de perto as obras da artista. NOTA: 10/10

Os Vingadores

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Carnage

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Na Estrada

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Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

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Intocáveis

Um dos favoritos ao Oscar 2013 de filme estrangeiro, este longa francês conta a história real de um aristocrata tetraplégico que contrata um jovem da periferia para ser sua "babá". Bonitinho e fácil de se gostar, Intocáveis fez pelo mundo uma quantia absurda de dinheiro tornando-se o filme francês mais rentável da história, superando até mesmo o adorado O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Sua força sem dúvidas é a química da dupla de protagonistas, Philippe (François Cluzet, sósia do Dustin Hoffman) e Driss (Omar Sy), que apostam na clássica dinâmica do certinho burocrático e do desleixado "vida loka", que se não é inovadora ou surpreendente, ao menos funciona e carrega a frágil e clichê trama nas costas. Apostando no riso e na leveza, Intocáveis talvez seja um filme inteligente o suficiente para não sair de sua zona de conforto, e mesmo que isso lhe traga alguns pontos negativos, tais quais a falta de ousadia e originalidade, acaba também garantindo um longa divertido e carismático por inteiro.

NOTA: 8/10

Looper - Assassino do Futuro

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Ruby Sparks - A Namorada Perfeita

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As Vantagens de Ser Invisível

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Marcados para Morrer

Dois extrovertidos e competentes policiais compram briga com traficantes locais e tem suas vidas postas em risco. Essa é a sinopse simples de um filme ousado, visualmente chocante e baseado todo na dinâmica entre dois ótimos atores, Jake Gyllenhaal e Michael Peña. A princípio se apresentando como um destes filmes found tapes, onde acompanhamos a ação a partir de câmeras dentro do filme, logo o filme revela este apenas como um de seus aparatos para manter uma certa intimidade com  as figuras em tela, e assim logo investe em planos claramente filmados por câmeras fora da trama. A dupla merecia no mínimo, uma indicação para ator cada.

NOTA: 9/10

Argo

Dirigido por Ben Affleck, Argo demonstra competência ao explorar a crescente tensão (e rápidas tiradas de humor entre a ótima dupla de produtores) em uma trama repleta de politicagens e fatores burocráticos, o que por si só já seria uma conquista. Ainda sim, o filme conta com uma recriação de época perfeita, sequências de suspense torturantes (algumas forçadas, mais ao final) e boas performances de seu elenco que além de contar com o próprio Affleck, também tem Bryan Cranston, John Goodman e Alan Arkin.

NOTA:8/10

As aventuras de Pi

Ainda que possua certos problemas de ritmo graças a uma montagem repleta de transições em 2D descabidas, o novo filme de Ang Lee constrói a "amizade" entre o protagonista Pi (Suraj Sharma) e o tigre Richard Parker de forma tocante e divertida. E no aspecto técnico, Parker representa uma das criações digitais mais perfeitas já vistas em tela por este que vos escreve, ao ponto de ser imperceptível (mesmo!) quando trocam o tigre de verdade, por aquele refeito em computação gráfica. E só por isso, o longa mereceria a conferida, mas ele ainda conta com a performance incrível Irrfan Khan como a versão adulta de Pi que traz para o personagem o peso das filosofias que joga para o espectador.

NOTA: 8/10

Ted

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     Amanhã confira a lista dos piores do ano segundo o Classe de Cinema. E lembrando que a lista não contém filmes não assistidos pelo blog e que por isso, talvez alguns filmes que entrassem nesta lista, tais quais Eu Receberia as Piores Notícias de seus lindos Lábios, Holy Motors e Amour, não estão presentes nela.