quarta-feira, 1 de maio de 2013

FICHA: "EM TRANSE"

Em Transe (Trance)
101 minutos
Diretor: Danny Boyle


Sinopse curta: Simon é um chefe de segurança de leilões que é ferido após tentar salvar uma valiosa pintura de ladrões de arte. Traumatizado na cabeça, ele esquece tudo o que ocorreu entre o incidente e sua chegada ao hospital. Porém, a pintura some do mesmo jeito, é ai que Franck, o ladrão, decide levar Simon até uma hipnotizadora chamada Elizabeth afim de fazê-lo se lembrar o que foi feito da obra de arte, já que nenhum dos dois ficou com ela. É quando um estranho triângulo amoroso começa a surgir entre os três, enquanto se perdem nas profundezas de suas próprias mentes, entre realidade e ilusão, para achar o objeto perdido.

Acertos gerais: O uso das cores dentro filme é simplesmente genial, pois além de saturadas, elas surgem muitas vezes através de iluminações em neon, que colocam a atmosfera do filme em um ambiente mais psicodélico e, portanto, mais adequado ao próprio. O modo como Boyle separa o núcleo principal de personagens do resto do mundo também é intrigante, como se eles estivem presos dentro da própria realidade, assim, outras figuras daquele mundo são vistas sempre atrás de vidros, fora de foco, ou de alguma forma, separadas dos protagonistas.

Destaques: A contraposição de cores quentes e frias parece ser uma constante nos filmes de Boyle. Em Quem Quer Ser um Milionário era uma clara referência a diferença de classes, em 127 Horas, revelava o contraste entre a situação e a calma mantida pelo personagem central, aqui, parece ser um choque entre as personalidades divergentes do protagonista, que conforme se lembra dos eventos ocorridos, também se descobre uma pessoa muito diferente do que a princípio, parecia ser.

Cena memorável: Ao menos duas. A cena de uma certa depilação é hilária ao mesmo tempo em que revela muito sobre os personagens. E todo o terceiro ato é genial, com destaque dentro do destaque para o diálogo entre Elizabeth e Simon no banco de trás de um carro, que além de ser brilhantemente fotografado, ainda cativa pelas performances magistrais de seus intérpretes. 

Elenco: James McAvoy faz a transição entre as duas versões de Simon com destreza e monstruosidade dosadas, que o tornam ao final, um ser complexo o suficiente para que temamos suas ações. Rosario Dawson investe em uma fala calma e baixa, em movimentos contidos e num andar meticuloso que transparecem todo o controle que a personagem exerce sobre si mesma e sobre as situações ao seu redor. Já Vincent Cassel ao mesmo tempo em que parece impaciente com a demora no processo de vasculhar a mente de Simon, também diverte-se com toda a situação enquanto analisa e tenta entender as relações que se formam, nunca se tornando um vilão odioso, e sim um que começamos a adorar e entender.

Erros gerais: Não existem.

Considerações finais: A trilha de Rick Smith aliada a montagem de Jon Harris, trazem ao filme um ritmo alucinante que não deixa a tensão cair em momento algum.

NOTA FINAL: 10/10

Crítica: Indisponível no momento.


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