Afinal, por que deveria investir minhas palavras e criatividade falando de um filme que preguiçosamente copia o plot de seu antecessor? E o que alguns podem interpretar como homenagens ao primeiro filme, eu considero falta de inventividade de seus realizadores. Afinal no primeiro filme Bryan (Liam Neeson) dizia para a filha pelo telefone "me escute com atenção, você está prestes a ser raptada", ao que nesta continuação, também em uma ligação com Kim (Maggie Grace) ele diz "me escute com atenção, eu e sua mãe estamos prestes a ser raptados".
Mas ok, era de se esperar que depois do relativo sucesso do outro filme os produtores (Luc Besson entre eles, assinando o roteiro também) fossem querer uma continuação bem parecida tematicamente. Porém, o filme não se limita ao tema, transpondo para esta continuação várias das situações de Busca Implacável também. Então não se surpreenda ao ver o já citado sequestro durante uma ligação, alguém se pendurando para fora de um prédio pelo parapeito, Liam Neeson algemado a um cano sobre sua cabeça, uma perseguição de carros por ruelas, etc.
E mesmo no básico, as cenas de ação, o filme falha miseravelmente por estabelecer uma horrível mise-en-scène, nunca dando a menor chance ao espectador de sequer tentar entender o que se passa na tela, graças à desengonçada direção de Oliver Megaton. Todas as tentativas de se fazer humor se mostram uma catástrofe, vide a cena em que Bryan visita seu genro. Ainda sim o longa provoca em diversos momentos o riso (mesmo que este não seja desejado), como em uma inacreditável invasão a embaixada americana. Em meio a tantos erros, o roteiro ao menos respeita que aqueles personagens já passaram por experiências traumáticas, se demorando constantemente nos medos e precauções de Kim e dos pais em relação a viagens, sair sozinha, etc. O que é também a característica mais interessante do filme, mesmo que nem isso consiga transformar aqueles personagens em seres mais complexos do que um quebra-cabeça de quatro peças.
NOTA: 2/10
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