Kung-Fu Panda 3 repete a fórmula que funcionou nos dois primeiros
filmes e traz de volta Po prestes a enfrentar mais um grande guerreiro do passado (quantos podem existir?)
enquanto lida com problemas do seu
passado. Ou seja, o projeto não passa de um produto enlatado. Mas daí sorvete
de flocos também é, e eu adoro. A verdade é que, por mais previsível e
repetitivo que seja, o terceiro capítulo da franquia ainda é recheado de boas
gags e um visual estonteante.
Mais sorte pra quem puder assistir
no idioma original que, além do elenco de costume (Jack Black, Dustin Hoffman,
Jackie Chan, Seth Rogen, Lucy Liu e Angelina Jolie), ainda conta com as
dublagens de J.K. Simmons como o vilão Kai, persona em que deve ficar
estigmatizado depois do seu Oscar por Whiplash,
e Bryan Cranston como Li, o verdadeiro pai de Po que dá as caras para levar o
filho à aldeia secreta dos pandas, onde ele deve aprender a ser um para
controlar um antigo poder que pode significar a vitória contra o megalomaníaco
antagonista.
Os objetivos de Kai, entretanto,
não são nada excepcionais. Adivinhem? Ele quer se tornar o guerreiro mais
poderoso. Mas ok, já que sua incursão contra os outros mestres de Kung-Fu do
Japão serve apenas para justificar a interação de Po com a sua família e, por
fim, entregar uma catarse de união que celebra as diferenças, uma mensagem
sempre admirável, principalmente em um filme voltado para o público infantil
que, apesar dos clichês, funciona tão bem.
Como nota de rodapé, é preciso
ressaltar o sempre inventivo design dos filmes da série, que apostam em uma
combinação de cenários grandiosos e luzes para simbolizar o poderio daqueles
guerreiros. A trilha do sempre competente Hans Zimmer também ajuda a dar uma
maior sofisticação ao andar da trama, mas no todo Kung-Fu Panda 3 não é memorável, apesar de belo e eficiente
enquanto dura. Tipo sorvete de flocos: eu sei que tudo o que ele faz é me engordar aos poucos, mas é bem bom de comer.
NOTA: 7/10
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