Um filme feito literalmente para arrancar grana dos bolsos alheios. Feito com preguiça e má vontade. Assim é o filme em questão. E pensando nisso cheguei à seguinte conclusão: Se as pessoas envolvidas no projeto, que trabalharam para fazê-lo acontecer, não se importaram com a qualidade do mesmo, por que eu, que pouco tempo tenho, vou me incomodar em escrever um texto longo e trabalhoso sobre um filme essencialmente ruim? Pois então, resolvi adotar o espírito de porco com o qual o filme provavelmente foi feito e entregar aqui a crítica do filme como ele a merece, sem grandes desenvolvimentos, apenas uma exposição didática e sem emoção daquilo que eu vi. Quem sabe você que está lendo tenha até uma idéia melhor de como o filme é.-Pelo mesmo motivo o nome de cada um parece ter que ser lembrado a cada minuto. Normal é ver algum nome de personagem sendo dito pela décima vez em uma mesma cena.
-Redundância é colocar o nome de um lugar onde se passa uma cena em caixa alta na tela, só para segundos depois algum personagem repetir para os outros onde estão. Detalhe é que esta cena se passa durante uma missão importante, tornando inacreditável que os outros não soubessem a sua localização.
-Arcos dramáticos nada desenvolvidos. Não me venha dizer que aquele rei de m... Tem um relacionamento conturbado com sua rainha que eu vou me irritar. Aquilo é uma perda de tempo descomunalmente fútil dentro de uma narrativa já absurdamente fraca.
-O Personagem de Logan Lerman, D'Artagnan, parece movido pela meta de se tornar o homem mais imbecil da Europa, já que seu personagem inconsequente nunca tem seus sentimentos explicados. Na verdade creio que aqui, Lerman interprete um débil fugido de um hospício, devido a suas bruscas mudanças de humor ou sua inexistente preocupação seja com o que for acompanhadas da mania de achar graça de tudo (não vou nem citar a tendência do garoto de largar as mais fajutas frases de efeito). E se for o caso, então o ator merece um Oscar. Aliás, que tipo de pais simplesmente mandam o filho embora em uma colina, não esperam nem o menino pegar uma mochila nem nada, simplesmente tchau! Que desespero é esse?-Matthew MacFadyen, Luke Evans e Ray Stevenson, respectivamente, Athos, Aramis e Porthos, os Três mosqueteiros do título, estão em atuações no piloto automático. Esquecíveis. Milla Jovovich como Milady faz o que sempre faz. É Milla Jovovich, inexpressiva e apostando em meia dúzia de sorrisinhos enviesados.
-Orlando Bloom e Chritoph Waltz totalmente desperdiçados em papéis que pretendiam ser de vilões. Canastrões não por sua culpa acredito, mas pelo texto horrível ao qual tiveram que seguir.
-Anderson deixa claro que tudo que ele queria era dinheiro. A apresentação do filme em formato 3D é totalmente irrelevante, devido a pouca profundidade de campo das cenas, provando que o acerto do diretor em Resident Evil 4 no uso da técnica, foi um mero acaso. Outra coisa é notar a ausência quase que total de sangue (ele surge em poucas gotas mais para o final), mesmo com Anderson investindo em violentas cenas de batalha e duelos onde espadas entram e saem de corpos sem jorrar uma gotinha vermelha que seja. E isso até seria aceitável, porém, notar que as espadas saem limpas e brilhantes de dentro dos peitos de dezenas de personagens é inconcebível. Tudo, é claro, em prol de uma classificação livre.
-Ah sim, a montagem! Que horror é o tom totalmente episódico que nos conduz durante toda a projeção. Pulando de fato em fato sem se preocupar com uma boa transição entre as cenas, o montador Alexander Berner adota um ritmo didático a sua montagem monótona, que se restringe a contar os acontecidos um após o outro sem emoção alguma, seja em um diálogo ou em uma cena de ação.
-A trilha de Paul Haslinger até que tenta, mas caí na mesmice depois de dois ou três minutos de filme, apostando em jogar toda a orquestra nas caixas de som sempre que lhe dá na telha, em músicas que não possuem identidade alguma.
NOTA: 2/10