Sully: O Herói do Rio Hudson, baseado em uma história real,
dirigido por Clint Eastwood e estrelado por Tom Hanks, era um filme bem melhor
quando se chamava O Voo, era uma
ficção, dirigida por Robert Zemeckis e estrelada por Denzel Washington. Embora também
gire em torno de um acontecimento extraordinário envolvendo uma aeronave (em
2009, o piloto de um Boeing comercial fez um pouso de emergência no meio do Rio
Hudson, em Nova York), a produção se sabota ao tentar expandi-lo através de
conflitos artificiais que jamais se justificam em tela – ou na realidade.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
A CHEGADA
A Chegada é um filme que, apesar de tratar da visita de criaturas de
outras dimensões, fala essencialmente sobre a necessidade urgente de
aprendermos a fazer contato com os seres do nosso lado. É, também, uma
narrativa que ilustra de forma certeira a natureza cíclica de nossas vidas, que
apesar de pautadas pelo tempo, com um começo e um fim, não precisam e nem devem
ser encaradas dessa forma tão linear, pois o ponto final de uma empreitada
quase nunca é o seu objetivo, e mesmo aquelas que sabemos que provavelmente
irão terminar em saudades, melancolia ou luto, são intensas o suficiente para
justificarem sua dolorosa finitude.
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM
Depois de sete livros e oito
filmes de Harry Potter, já é sabido
que o talento da autora J.K. Rowling para a inventividade, assim como sua
capacidade de criar personagens carismáticos, só fica melhor quando esses são
colocados a favor de uma trama concebida como comentário acerca dos problemas
do mundo real. Assim, é reconfortante constatar que seu retorno à saga, agora
como roteirista, não se trata de uma empreitada mercenária, mas de uma obra
agradavelmente delicada e pessoal que consegue surpreendentemente remeter às
histórias anteriores, desenvolver uma trama própria e ainda instigar a
curiosidade quanto ao rumo que esse novo arco vai traçar nos próximos filmes –
sem jamais deixar de maravilhar com a criatividade desse universo.
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
DOUTOR ESTRANHO
Gosto sempre de ressaltar que
considero notável como a Marvel Studios, com todas as críticas que seus filmes podem
receber, consegue ao menos manter uma coesão no tom de seu universo
cinematográfico. Doutor Estranho não
é diferente, só que desta vez, é exatamente isso que o impede de sair do muito
bom, para o admirável. Frente às possibilidades excitantes que a história
oferece, não deixa de ser um pouco frustrante que o roteiro jamais abandone os
arcos batidos com que lida – apesar de esses se apresentarem bem executados e
sólidos. Isso porque, mesmo que a favor de uma trama clichê, os méritos
técnicos e criativos da produção a engrandecem, não deixando também de serem bastante
inventivos na ação, o que torna tudo mais divertido.
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