Lançado há uma década, Zumbilândia era um filme praticamente sem história que deveria ter sido esquecido no vasto balaio das produções de zumbis lançadas anualmente desde que Madrugada dos Mortos ressuscitou esse subgênero lá pelo início dos anos 2000. E teria, não fosse por um detalhe: o roteiro tinha pelo menos uma ideia muito divertida. Sim, as regras de sobrevivência de Columbus (Jesse Eisenberg) se revelaram um insuspeito fio-guia narrativo por despertar no espectador a curiosidade pelo modo como seriam colocadas em prática - e no geral, a imbecilidade com que os carismáticos personagens lidavam com o pós-apocalipse se traduzia em pura diversão.
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
CRÍTICA: CORINGA
Tem algo de muito satisfatório no momento em que Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) se ergue, enfim, como o Coringa, com seu terno colorido, o sorriso macabro e toda a parafernália que fez do palhaço do crime um dos vilões mais celebrados da cultura popular. E não importa o quão sanguinário, brutal ou insano é o nosso protagonista, pois, a partir do instante em que o título surge imenso e amarelo cobrindo toda a tela com o nome do antagonista mais famoso do Batman, o filme cria uma expectativa em cima da decadência moral desse personagem, e o único desfecho satisfatório é vê-la se concretizando. Tal qual Taxi Driver, Scarface ou Breaking Bad antes dele, Coringa trabalha em cima de uma catarse condenável: são histórias que nos fazem querer ver o pior daquelas pessoas.
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