sexta-feira, 22 de julho de 2011

HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE PARTE 2

    


      Após dez anos, o último filme de Harry Potter chega enfim ao cinema, finalizando não somente a muito bem sucedida saga, mas o arco de uma geração que acompanhou e viveu o amadurecimento dos personagens e o seu próprio durante uma década.  E seguindo o padrão técnico de excelência estabelecido pelos filmes anteriores, este novo e último filme da saga pode não ser o melhor de todos eles, mas cumpre maravilhosamente seu papel de encerramento.


     Desde que o diretor vindo da TV David Yates assumiu os filmes do bruxinho em 2007 com A ordem da Fênix, a série que vinha tomando um rumo mais sombrio desde O prisioneiro de Azkaban, deu um solavanco ainda maior que aquele entre o segundo e o terceiro filme, desta vez pendendo para o drama político e institucional. Porém, Yates acabou caindo ao lado do roteirista também estreante na série, Michael Goldenberg que não era tão competente quanto seu antecessor Steve Kloves. O que gerou certa estranheza no modo geral como o filme foi conduzido, fazendo-o ficar sem um ritmo, apenas contando fato após fato e atalhando o máximo possível o longo (e muito bom) texto de Rowling. Mas em 2009 Kloves volta a roteirizar a saga e ao lado de Yates forma a dupla perfeita que o filme precisava. Assim com ambos diretor e roteirista afinados em seus gostos, Harry Potter ganhou uma nova dimensão dramática muito diferente daquela rasa vista nos dois primeiros longas. E se em Relíquias da morte parte 1 o diretor atinge o ápice de seu trabalho dramático na série, aqui ele finalmente ganha a oportunidade de aumentar ainda mais as dimensões emocionais deste mundo fantástico. E a dupla perfeita, Kloves e Yates baseados no ótimo e coerente texto de Rowling, aliados a um time de talentosos artistas e contando com um elenco de primeira, finalizam (assim como haviam prometido que o fariam) de forma épica os filmes do menino bruxo que marcaram a história do cinema nos últimos dez anos inquestionavelmente.


     Partindo exatamente do ponto onde parou a primeira parte, Relíquias da morte parte 2 acompanha o trio Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) em sua busca pelas horcruxes, objetos onde o vilão Lord Voldemort (Ralph Finnes) depositou uma parte de sua alma. E não tarda até que Harry descubra que uma delas está em Hogwarts, o que faz com que a famosa escola fique sitiada esperando a iminente guerra bruxa.


     O roteiro ágil de Steve Kloves conta com a vantagem de não precisar introduzir a história de maneira demorada, assim não tardamos a ver os três amigos planejando e executando uma invasão ao banco dos bruxos, Gringotes, em uma cena que é um dos pontos altos do filme. Assim Kloves e Yates trazem também ao filme o tom de urgência necessário para evocar a grande batalha que toma conta do filme nos dois últimos atos. Porém, alguns personagens acabam sofrendo com esta agilidade adotada pela equipe, já que fatos importantes não são esclarecidos ficando apenas subentendidos, vide o interessante passado de Dumbledore, cuja rixa com o irmão Aberforth (Ciarán Hinds) nunca tem um motivo claro em tela, deixando aqueles que não leram a obra original apenas curiosos quanto ao fato. E isso também traz certa frieza para com alguns momentos que deviam ser um pouco mais calorosos, como a comemoração após a expulsão de certo diretor que saí voando janela a fora, que na opinião humilde deste que vos escreve deveria ganhar mais alguns segundos em tela já que nem mesmo conseguimos absorver a informação e o tom da cena já muda drasticamente. Assim Yates também prefere tratar a perda de amados personagens. Não que o diretor se recuse a mostrar o impacto ou a comoção do resto do elenco em relação a estas perdas, mas, ainda sim é fria a maneira como ele as trata. Não que isso seja ruim, afinal em meio a uma guerra é normal que o luto fique para depois, porém um tom um pouco mais piegas não teria feito mal algum tendo em vista que este é o último capítulo. Assim o filme pode parecer um pouco acelerado às vezes, mas é tudo em prol do ritmo que acaba ganhando pontos por fazer das duas horas de duração do filme quase imperceptíveis.


     Mas Kloves ainda ganha muitos pontos por arranjar espaço aqui e ali para colocar um diálogo que outro, nunca esquecendo que são seus personagens que movem esta trama e não a pirotecnia tão esperada na batalha. Pelas mãos do roteirista os personagens que aprendemos a conhecer ganham novos desenvolvimentos em tela, finalizando seus arcos dramáticos pontualmente durante a duração do filme, nada forçado e tudo muito natural. O tempo é algo bem aproveitado por Yates e Kloves. Percebam como há tempo para discutir o rancor de Aberforth para com o irmão logo antes do começo do clímax, ou para uma piada entre dois personagens diante de uma bela e horrível imagem, ao mesmo tempo em que mais duas tramas são desenvolvidas, sem que isso jamais quebre o ritmo da narrativa. Aliás, o humor é algo extremamente bem usado dentro da trama, nunca parecendo inconveniente ou desrespeitoso, sempre surgindo de forma espontânea entre as cenas dramáticas. E mesmo depois que estoura a batalha e o caos em Hogwarts é precioso ver como o talentoso diretor encontra tempo exatamente no meio de uma tensa cena de ação, para deixar em quadro durante alguns segundos o rosto de uma das vítimas da batalha, que conhecida, acaba chocando o espectador não só pela brutalidade de sua morte como também pela dimensão da tragédia que tal plano, aparentemente irrelevante, revela e sustenta pelo resto da cena.


     E no quesito tragédia, Alexandre Desplat dá não só o tom correto que já havia dado na primeira parte a sua trilha sonora, mas também enche os ouvidos com composições notáveis, que preferem o tom solene e respeitoso aos ensurdecedores temas que poderiam ter tomado conta das muitas cenas de ação. Mais para o final o compositor também surpreende ao mudar o tom de suas composições para algo mais aterrador, épico e desesperado, acertando assim ao dar a alma perfeita para os confrontos finais do filme. Mas, uma coisa que chama a atenção no trabalho de Desplat é sua humildade perante o saudosismo dos fãs. Enquanto outros compositores poderiam preferir lotar o filme do inicio ao fim com composições próprias, Desplat abre mão de tal privilégio e usa durante vários momentos conhecidas composições dos outros longas, e não só do aclamado John Williams cujo famoso tema encerra a projeção, mas também de Nicholas Hooper que ganha seu espaço por ter conduzido as trilhas de dois dos filmes.


     A fotografia de Eduardo Serra ganha o troféu "cereja do bolo", afinal o talentoso diretor de fotografia equilibra luz e sombra de uma maneira incrível e de extremo bom gosto estético, reparem na cena em que Harry conversa com um fantasma, como a luz se comporta ao entrar em contato com a superfície do espectro. Ou os tons azulados que tomam Hogwarts em momentos de profunda tristeza, ou como a iluminação no salão principal em certa cena pode mudar do caloroso e acolhedor para o frio amedrontador em questão de segundos. Mas acima de tudo isso, é maravilhoso constatar que os efeitos especiais finalmente ganharam veracidade ao reagirem tão bem à fotografia de Serra. O dragão no inicio do filme é fantástico, Nagini a cobra de Voldemort esta mais crível do que nunca e a batalha em Hogwarts ganha proporções épicas com as tomadas aéreas. Porém, os efeitos não acertam somente em suas qualidades estéticas, acertando também ao compor belissimamente uma cena em que os moradores de Hogwarts se juntam para formar uma proteção mágica em torno do castelo, e reparem como esta proteção parece ser formada por nervos e veias, reforçando a idéia de que aquele lugar literalmente vive! E vive como um único e gigantesco ser que só se sustenta e sobrevive se apoiado por todos os seus habitantes. E já que estamos falando no castelo de Hogwarts, cabe citar aqui o talentoso Stuart Craig, que desde o primeiro filme é responsável pelo Design de produção, e que aqui não fica para trás e também se inova, criando novos ambientes para a escola como a casa de barcos, onde se dá uma das mais belas e sublimes cenas da saga. Craig também modifica alguns dos já existentes, como as famosas escadarias de Hogwarts que se transformam em um labirinto de diagonais. Assim o artista nos revela uma Hogwarts ainda inédita aos espectadores, mantendo sempre o belíssimo cuidado em todos os aspectos. A construção da sala precisa e sua caótica organização é primorosa, e sozinha já merecia o Oscar de direção de arte.


      Mas nenhum destes esforços seria levado em conta se o elenco não fosse nada menos que ótimo. E contando com uma leva do que tem de melhor no cinema e no teatro britânico, era impossível o filme não se sair bem neste quesito. Não que o trio de atores principais não tenha a sua parcela de louvores pelo belo trabalho e evolução que vem mostrando desde o começo da série, mas empalidecem perto de monstros (no bom sentido) como Alan Rickman. Este último alias ganha bastante espaço neste último capítulo, sendo sua história de vital importância para o nosso herói. E Rickman constrói o agora diretor de Hogwarts Severo Snape de maneira complexa, dando toda ambiguidade na qual ele se sustenta, seja na sua fala pausada e grave ou nos seus movimentos contidos, o ator sabe passar para cada minuto em tela a profundidade exigida pelo personagem de maneira genial. Reparem na pequena hesitação de Snape ao ser ameaçado pela colega McGonagall. E vejam como sua performance muda ao encarnar um Snape sem máscaras, demonstrando suas mais profundas emoções. Um trabalho de gênio.


     Outros atores da série aqui ganham também mais destaque como Maggie Smith que dá a professora Minerva McGonagall uma energia e vivacidade até então inéditas. Assim como Metthew Lewis que pôde desenvolver o lado mais heróico de seu Neville Longbottom, aproximando-se muito mais daquele descrito nos livros. Destaque tem que ser dado a Helena Bonham Carter que interpreta não só sua personagem, Bellatrix Lestrange, como também tem a chance de interpretar Hermione em dado momento, algo que a atriz faz com talento, adotando todos os trejeitos de Emma Watson de maneira impecável. E nem estou contando as participações mesmo que pequenas de Gary Oldman, David Thewlis, Robbie Coltrane, John Hurt, Emma Thompson, Jason Isaacs, Michael Gambon, Jim Broadbent, Julie Walters, Helen McCrory, Mark Williams e Kelly Macdonald.


     Mas se há alguém no elenco que merece destaque óbvio, é Ralph Finnes. O ator finalmente tem a chance de dar a Voldemort uma tridimensionalidade concreta. O trabalho do ator que antes era restringido ao seu pouco tempo em tela, aqui ganha espaço para mostrar as várias facetas do Lord das Trevas. E é incrível como Finnes consegue, mesmo por baixo de toda a maquiagem (inclusive a digital), dar claras emoções ao vilão, que sente dor, medo, raiva, perplexidade, confusão, suspeita, fúria e até bom humor em uma fantástica cena mais para o final onde os fãs finalmente entenderão o que é uma risada sem humor. Ao lado do roteiro o ator pela primeira vez tem a chance de humanizar Voldemort como uma criatura ferida e acuada, mostrando todo o perigo que o personagem pode exalar em tal posição em uma chocante cena em que ele mata um de seus seguidores quando este dá sinal de ter percebido um fraquejo seu. Uma cena que poderia ser apenas para mostrar como o Lord é frio é mal, aqui ao lado da performance do ator, mostra sua instabilidade perante o medo. Finnes também ganha a oportunidade de interpretar um Voldemort realizado que apela inclusive para uma tentativa de afeto para com um de seus mais jovens seguidores em um plano que demonstra o quão deslocado o vilão é da sociedade normal.


     [SPOILER] Yates finaliza a batalha final com o tom certo, só não acertando muito na esperada cena que dá fim da vilã Bellatrix, que ficando entre dois eventos de extrema tensão acaba soando até mesmo fútil e efêmera perto dos eventos que a cercam. Porém, o momento final do grande vilão é acertadíssimo! Em vez de puxar uma trilha vitoriosa e enchendo a tela com algo épico e explosivo, Yates prefere deixar a cena silenciosa, onde ao fundo ouvimos o último e sofrido respiro do personagem. Afinal o silêncio era essencial, afinal a morte do vilão em questão não era para ser vibrada como a de Bellatrix, é uma morte solitária. Voldemort nunca cultivou amigos ou deu real importância a dividir algum sentimento com alguém e por sua própria arrogância e egoísmo acaba morrendo sozinho, sua morte como muito bem sacou Yates, não merecia barulho e sim o silêncio solitário e sofrido de praticamente queimar vivo sem chamas! Solidão a qual ele se recolheu durante toda sua vida e que como sabemos irá se recolher na morte também. [FIM DOS SPOILERS] 

        
     Encerrando a série com louvores, Relíquias da morte parte 2 ainda é responsável por uma das mais belas cenas da série, onde Harry visita as tristes memórias de certo personagem. E assim como tal, podemos sempre que quisermos visitar nossos melhores momentos assistindo a todos estes já clássicos do cinema, que marcaram o tempo com as aventuras do trio de amigos bruxos, que infelizmente, se despede com este belíssimo longa, que apesar de imperfeito, cumpre o que promete e por isso não merece nota menor que a máxima.



NOTA 10/10

domingo, 17 de julho de 2011

TRANSFORMERS 3 : O LADO OCULTO DA LUA



     Transformers 3 pode ter muitos lados ocultos a serem descobertos pelo espectador que resolver se sentar para assisti-lo (que não serão poucos). Ele é um genuíno filme catástrofe! Infelizmente não pelo seu tema digo isso, mas pelo fato de que nenhum dos lados, expostos ou ocultos do longa são aproveitáveis de alguma maneira se não como um exemplo perfeito do tipo de "monstrinho cinematográfico" que orçamentos milionários e diretores megalomaníacos criam quando combinados a sede de Hollywood de encher seus cofres a qualquer custo, aqui no caso, a nosso custo. E que fique bem claro que não estou falando do preço do 3D, e sim de nossos preciosos tempo e paciência.


     A história (não que ela realmente importe) nos leva a alguns anos depois do esplêndido (ironia) Transformers 2, Sam (Shia LaBeouf) está procurando emprego mesmo depois de salvar o mundo duas vezes (reconhecimento é tudo) e vive sustentado pela muito bem sucedida Carly (Rosie Huntington-Whiteley) que deu um chega pra lá na demitida Megan Fox. Enquanto isso os Autobots estão trabalhando para impedir que os Decepticons se infiltrem no planeta terra (leia-se: Os Autobots estão trabalhando para os EUA, eliminando inimigos dos EUA, se infiltrando em território inimigo dos EUA. Enquanto isso fingem estar protegendo todo o planeta terra, mas na verdade protegem apenas os EUA e mais ninguém). Remetendo a corrida espacial e a fatos da guerra fria descobrimos que muitos acontecidos na nossa história tem um dedo (ou melhor, um parafuso) desses robôs gigantescos metido no meio.


     O roteiro (Pffff...) aqui é legitimamente apenas uma desculpa para o uso indiscriminado de efeitos visuais. E isso fica claro desde o minuto inicial. Diálogos expositivos são piadas, aqui eles aparecem a cada cinco minutos, desde os constrangedores no começo do filme que visam relembrar de forma resumida as intrincadas tramas (ironia, again) dos dois filmes anteriores, até aqueles que apenas querem tatuar na mente do espectador o que está se passando já que por mais óbvia que seja a ação em tela sempre há um personagem para descrevê-la assim que esta acaba. Não que o filme seja óbvio. A montagem criminosa deste longa consegue quase superar a do terrível As mães de Chico Xavier, jogando tudo na tela sem se preocupar se faz sentido ou não. Até agora me pergunto como o personagem de John Turturro foi parar num bar cheio de alemães armados em uma cena supostamente engraçada, e ainda nem faço ideia de pra quê aquilo serviu ao filme. E isso é só uma das proezas do longa que nos joga de trama em trama sem se preocupar em apresentar ou dar fim aos personagens (vide os pais de Sam que simplesmente somem perto do final). 


     Mas o doutor Frankenstein por trás disso tudo é o megalomaníaco Michael Bay, dono de um estilo de direção marcante que se baseia praticamente em espicaçar o filme para que nenhum plano fique em tela mais do que cinco segundos, intercalando-os com alguns mais duradouros em câmera lenta. Mantendo os ângulos em contra-plongée em boa parte de suas tomadas sem propósito aparente, Bay cria um filme tortuoso de se assistir já que parece que estamos sempre fazendo força para olhar tudo. O "diretor" ainda cria vários momentos constrangedores como apresentar a personagem de Whiteley a partir de sua bunda, ou mais para o meio do filme colocá-la andando de costas para uma explosão enquanto a "atriz" esbanja carisma com sua boca aberta a lá Bella do Crepúsculo. E não satisfeito ainda se mostra um preguiçoso na hora de contar sua história já que prefere lançar flashes de acontecimentos na tela intercalados por planos negros de silêncio evidenciando a passagem de tempo de um jeito claramente pensado as pressas para passar a parte "chata" (como se todo o filme já em si não o fosse). Empregando tal "recurso" em dois dos únicos momentos em que o filme conseguiu acender uma fagulha de interesse meu. Na primeira vez em que Turturro decide sair à ação e quando Chicago é tomada pelos robôs do mal (Sabe lá porque só Chicago foi tomada com todo aquele poder de fogo que eles tinham).


     [SPOILERS] O elenco é desperdiçado completamente, nem mesmo o carisma habitual de Shia LaBeouf salva as poucas cenas que poderiam ser aproveitáveis do garoto que se resume a ser o atrapalhado herói de sempre sem inovar em nada. Whiteley é um poço de nada, a não ser sua beleza natural que não serve em momento algum para prender o espectador já que sua absurda falta de talento é equiparável com a de Kristen Stewart. John Turturro está perdido outra vez no constrangedor papel que lhe coube nos dois últimos filmes. Aqui mais fútil que nunca. O que John Malkovich faz nisso? seu personagem é nada menos que desnecessário! E Frances McDormand?! coitada reduzida a um personagem que se contra diz o tempo todo só para não dar o braço a torcer (Ah claro que se dane que milhões de pessoas vão morrer!), aliás, as motivações dos personagens são nada menos que bestas, e suas capacidades intelectuais refletem a do diretor Bay, já que em dado momento o super vilão do filme é convencido a se tornar um Deus Ex-machina por uma Whiteley desmiolada usando uma filosofia barata. Só pra depois Megatron (o tal "super vilão") impedir o assassinato de Optimus que acaba o destruindo depois! Totalmente sem sentido! os personagens parecem não parar para planejar nada! assim como o próprio filme parece ter sido feito, já que os efeitos visuais que deveriam ser o ponto alto do filme se mostram ineficazes em certo momentos já que soam impossíveis de mais até para o universo de Bay. O John Kennedy feito por CGI no começo é falso o bastante para chamar atenção em tela nos poucos frames corridos em que aparece tentando ser escondido pela estúpida câmera documental do diretor. O filme ainda falha o tentar juntar fatos históricos a história dos próprios robôs, já que isto contradiz em quase tudo os outros dois filmes! Ao menos o 3D é razoavelmente bem usado no enorme, sem propósito e interminável clímax que parece ocupar metade da projeção.


     Terminando abruptamente logo após a morte do vilão e apelando tanto na introdução como no desfecho para um discurso vazio e de doer os ouvidos de tão clichê do personagem Optimus Prime, o filme consegue o feito de nem mesmo "terminar" deixando muitas dúvidas e furos de roteiro pelo caminho como se já pretendesse dar continuidade a série. Pelo deus dos robôs, que isso jamais se torne realidade! 


NOTA 1/10