Eu gostaria de escrever uma
crítica sobre Transformers 4: A Era da
Extinção, mas, primeiro, teria de ver algumas perguntas respondidas. De
fato, lendo o meu caderninho de anotações - onde rabisco memorandos sobre os
filmes que assisto para depois poder compor um texto com eles – encontrei não
os habituais apontamentos e transcrições de falas e pequenos detalhes, mas
perguntas. Tenho pelo menos uma teoria para cada resposta, mas apenas Michael
Bay sabe a verdade. Ele, que no ano passado reconheceu todos os seus
maneirismos e os usou a favor de uma obra no ótimo e divertido Sem Dor, Sem Ganho, aqui, retorna aos
espasmos catatônicos de sua habitual direção. Então, de agora em diante, minhas
perguntas são diretamente direcionadas ao Sr. Bay.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE
Pode-se dizer que (também) é eficiente
aquele diretor que consegue passar ao espectador os sentimentos de seus
personagens, ou conduzir suas emoções através da narrativa. No caso dos filmes
de Wes Anderson, a galeria de figuras que os povoam pode e é frequentemente descrita
como excêntrica, estranha e teatral. Algo que o cineasta, através de sua
singular linguagem, sempre foi habilidoso em transmitir. E diferentemente do
que se poderia acusá-lo, ao investir constantemente nesta mesma abordagem
visual recorrente em sua filmografia, Anderson denuncia não uma limitação de apuro
técnico, mas na verdade, um conhecimento minucioso da linguagem audiovisual. Ao
contrário de um realizador medíocre como Tom Hooper, por exemplo, que usa de
lentes grande-angulares sem aparente propósito, aqui, o diretor as emprega
ocasionalmente para causar o que afinal lentes grande-angulares causam;
estranheza e distorção. Pois em O Grande
Hotel Budapeste, Wes volta a lidar com um universo farsesco e distorcido,
que deliciosamente divertido, supera a barreira do estranhamento e melancolia e
se mostra curiosamente aconchegante para o espectador.
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