O filme nem estreou ainda (apesar de estar em sessões de pré-estreia, só entra em cartaz mesmo amanhã) e já tem gente brigando feio pela internet para definir: o filme é ou não uma obra-prima? O filme é ou não a escória da história do Cinema? (Ele não pode simplesmente ser bom ou mediano?). Toda a aclamação por prêmios e manchetes sensacionalistas (que já discuto adiante), geram atenção tal em torno de algumas obras que seus defensores e detratores acabam por tornarem-se radicais, esquecendo-se das principais virtudes de se debater arte. E me sinto impelido a escrever esse texto ainda que tenha dado cotação máxima para o filme na minha crítica: 10/10. Pois, aqui, como eventualmente acontece nesses “filmes evento”, aparentemente para quem curtiu, se você não amou La La Land, você só pode tê-lo odiado. E para quem não gostou, se você não o acha a pior coisa já feita, só pode ser um fã cego de musicais que entrou no hype.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
LA LA LAND
Não é raro ouvir alguém dizer que
este ou aquele filme é “para desligar o cérebro”. Me perdoem aqueles que
conseguem realizar tal operação, mas no meu entendimento, filmes nos quais eu não
precisaria usar o cérebro são chamados de ruins. Dito isso, La La Land não é um projeto que inspira
grandes reflexões, que rompe barreiras artísticas ou que tencione qualquer
questão política. Sua trama existe apenas para justificar aquilo que sabe
oferecer: uma atmosfera criada através do espetáculo audiovisual. E por
entender que isso não é uma coisa ruim, e que o cinema garante liberdade
suficiente para que suas obras nem sempre precisem encontrar respaldo na
realidade, é que esse musical se faz merecedor da alcunha de: mágico.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
ASSASSIN'S CREED
Assassin’s Creed é um filme que traz uma personagem que defende o
fim da violência se opondo a um que tem no seu cerne, a agressividade como
método de sobrevivência. Que a primeira seja na verdade a vilã e o segundo, o
protagonista, seria ainda mais interessante pela inversão dos papéis usuais.
Entretanto, como o roteiro jamais se esforça para tratar essas ideias de
maneira minimamente coerente, fica claro que o longa-metragem apenas levanta
essas questões de forma superficial para esconder o que realmente acaba sendo por tabela: uma
confusa glorificação da violência.
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
PASSAGEIROS
Partindo de um primeiro ato que é
uma mistura de Lunar, 2001: Uma Odisseia no Espaço e O Iluminado, Passageiros se converte em um
romance estilo Cinquenta Tons de Cinza e, por fim, termina como um filhote de Titanic com Gravidade. O
surpreendente é que, apesar de navegar entre tantas premissas, o filme é
bastante simples, e por isso mesmo funciona na maior parte do tempo – e menos
chocante é descobrir que o projeto começa a ruir justamente quando depende de
sua própria inteligência para amarrar as pontas.
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