Interpretado com algum carisma por Benjamin Walker, o famoso presidente dos Estados
Unidos busca vingança pela morte da mãe caçando vampiros. Ah se todos os
absurdos deste filme ficassem apenas na sinopse e fossem alavancas para gerarem um filme curioso e divertido... Mas não, pois temos um vilão
vampiresco (Rufus Sewell) que vê nos escravos negros sua única saída para
manter o segredo dos vampiros seguro, o que não faz o mínimo sentido já que,
tendo em vista que seu plano seria transformar o país inteiro em vampiros, a
ideia de ingressar suas tropas sanguessugas na famosa Guerra-Civil para
defender a escravatura é no mínimo estúpida. Mas calma que tem mais!
Se na crítica de Projeto Dinossauro critiquei os efeitos visuais inverossímeis, aqui é preciso destacar neste mesmo tópico o total embaraço representado pelas tomadas aéreas dirigidas por Timur Bekmambetov, que claramente achou que teria uma equipe de técnicos competentes a sua disposição. Destaco o plano que mostra a debandada dos cavalos, onde todos os animais de movem igual e sincronizadamente, estapeando o espectador com efeitos terrivelmente falsos. Mas eu poderia citar pelo menos mais dois planos assim! Há um onde a câmera de Bekmambetov voa sobre uma rua obviamente (absurdamente obvia) feita digitalmente até uma farmácia, e o corte feito entre a tomada digital e a filmada em estúdio é tão gritante que gerou diversos risos e gargalhadas na sessão de imprensa em que assisti. E pra citar um último, em um discurso de Lincoln, Bekmambetov que como já citei devia ter certeza de que teria uma equipe competente a seu dispor, gira a câmera enfocando o público que assiste ao presidente, mostrando também centenas de bonecos gerados por computação gráfica muito mal acabados e com movimentos tão falsos que podiam pertencer à primeira versão de The Sims. Aliás, várias destas tomadas parecem possuir os efeitos inacabados, como se fossem apenas protótipos da cena mesmo.
O roteiro escrito por Seth-Grahame-Smith que também é o autor do livro
que deu origem ao longa (o que me faz pensar que bela B%$@ não deve ser este
exemplar) escreve com paixão o maior número de absurdos que consegue colocar
por minuto na boca dos personagens. E sua tentativa de encaixar os vampiros na
história humana em certo momento é tão vergonhosa que soa até como uma
trollagem. Aliás, pensando bem agora, é isto que este filme deve ser, uma
grande peça pregada por Bekmambetov e Grahame-Smith e patrocinada por Tim
Burton. E se for o caso, Abraham
Lincoln - O caçador de Vampiros merece
nota dez!
NOTA: 1/10
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