A partir desta semana, vou dar início aqui ao projeto O Cinema diz: #EleNão. A ideia é seguir os esforços do movimento iniciado por grupos feministas contra o candidato à presidência Jair Bolsonaro. Convidei algumas pessoas de certa autoridade para escolher e debater um filme que traga alguma reflexão, alerta ou aprendizado sobre a nossa situação política atual, em que corremos o risco de eleger um candidato ultraconservador.
Por que combater Bolsonaro?
Uma vez que Jair Bolsonaro propaga discursos de ódio e incentiva de inúmeras maneiras a violência e o preconceito contra as minorias, é do meu entendimento e de milhões dentro e fora do Brasil, incluindo aí publicações, governos e instituições (como a ONU!) de Direita e Esquerda, que o político e seus seguidores mais fiéis são fascistas. E por mais que nem todos os seus eleitores sejam fascistas, o movimento em si é.
Importante: eu não acredito que todos os eleitores do Bolsonaro são pessoas ruins. Alguns querem mudanças e o fim de velhas políticas. A ideia aqui é demonstrar que Bolsonaro não representa nada disso. Esta série de posts vai buscar refletir e ilustrar os perigos representados pelos discursos e pela postura de Jair Bolsonaro.
Como este espaço é voltado ao Cinema, a ideia é trazer alguns convidados para escolher um filme e refletir sobre o que podemos aprender com ele para não repetir os erros do passado.
Eleger Bolsonaro é um risco para a Democracia
As pesquisas mostram que há grande chances para esse senhor se eleger, trazendo com ele um vice que é militar. O risco de uma nova Ditadura Militar, de um golpe de estado e um novo regime de terror são reais e imediatos. E mesmo que esses extremos não aconteçam, eleger uma chapa fascista agravaria por demais os problemas de violência e medo sofridos pelas minorias no Brasil todos os dias, como: pobres, moradores de periferia, pessoas em situação de rua, todos os cidadãos negros, todas as mulheres, os LGBTQs, todas as pessoas com deficiência etc.
Por que se posicionar apenas contra Jair Bolsonaro?
Acredito que todos os outros candidatos à presidência do Brasil representam escolhas humanas e políticas, por mais que eu possa discordar ideologicamente de vários deles e, como tenho certeza, existem os que discordam dos candidatos que eu admiro também. Isso é democracia.
O Jair Bolsonaro NÃO. Não se pode respeitar o voto em Bolsonaro, pois o candidato não respeita a condição humana, a vida e a preservação dos direitos do cidadão. Não pode existir diálogo com quem apoia e incentiva o meu assassinato e o de milhões. Não se pode dialogar com quem é contra o livre diálogo, trata-se do paradoxo da tolerância: quando se tolera o intolerante, a intolerância vira regra.
Deixemos a empatia e o debate para os outros candidatos, com fascismo não se discute. Fascismo se combate e suprime.
A divergência aqui não é política, ela é moral
Repito: o problema com Bolsonaro não é político, é moral. Ele não deve ser tratado da mesma forma que os outros candidatos, não importa o quão defeituosos eles e seus programas de governo possam ser.
Se ele traz boas ou más propostas (são péssimas), é irrelevante, pois desde sua base moral ele já deveria ter sido descartado como possibilidade de voto. A reflexão trazida pelos filmes e convidados escolhidos, vai tentar ilustrar isso para: aqueles que querem votar nele pelo medo de se eleger um governo com o qual não concordam, e para aqueles que já não irão votar no candidato, sejam motivados à ação dentro dos seus círculos sociais.
A edições já postadas do projeto são:
O Cinema diz #EleNão - 1
A Lista de Schindler, por Glauber Cruz
O Cinema diz #EleNão - 2
À Meia-Noite Levarei sua Alma, por Ulisses da Motta
O Cinema diz #EleNão - 3
Ricardo III e outros, por Ana Maria Bahiana
O Cinema diz #EleNão - 4
Milk: A Voz da Igualdade, por Matheus Bonez
O Cinema diz #EleNão - 5
O Animal Cordial, Matheus Pannebecker
O Cinema diz #EleNão - 6
Ele Está de Volta, Maressah Sampaio
O Cinema diz #EleNão - 7
No, Fernando Beretta del Corona
O Cinema diz #EleNão - 8
Merlí, Thais Furtado
O Cinema diz #EleNão - 9
Aquarius, Márcio Picoli
O Cinema diz #EleNão - 10
A Segunda Guerra em Cores, Cristiano Aquino
O Cinema diz #EleNão - 11
A Onda, Thomás Boeira
Harry Potter diz #EleNão
A edições já postadas do projeto são:
O Cinema diz #EleNão - 1
A Lista de Schindler, por Glauber Cruz
O Cinema diz #EleNão - 2
À Meia-Noite Levarei sua Alma, por Ulisses da Motta
O Cinema diz #EleNão - 3
Ricardo III e outros, por Ana Maria Bahiana
O Cinema diz #EleNão - 4
Milk: A Voz da Igualdade, por Matheus Bonez
O Cinema diz #EleNão - 5
O Animal Cordial, Matheus Pannebecker
O Cinema diz #EleNão - 6
Ele Está de Volta, Maressah Sampaio
O Cinema diz #EleNão - 7
No, Fernando Beretta del Corona
O Cinema diz #EleNão - 8
Merlí, Thais Furtado
O Cinema diz #EleNão - 9
Aquarius, Márcio Picoli
O Cinema diz #EleNão - 10
A Segunda Guerra em Cores, Cristiano Aquino
O Cinema diz #EleNão - 11
A Onda, Thomás Boeira
Harry Potter diz #EleNão
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